Quando foi retratada, a jovem Fabiana encontrava-se em um momento de aprofundamento em sua feminilidade, no empoderamento que circulava seu universo e seu papel social como mulher; sobretudo na educação de seu irmão caçula, que encontra-se na fase de formação de caráter e opiniões. Com rosto andrógino, fora dos padrões, compartilha que dentro de toda a complexidade e subjetividade que a envolve como ser, ela se coloca no mundo como mulher e assume a postura independente que sempre almejou. Apesar de sofrer preconceito diário pelo simples fato de ser mulher, acredita que a sororidade tem sido cada vez mais presente, e os movimentos sociais cada vez mais discutidos e inseridos. Somos treinadas para viver em um mundo particular, privado, influenciadas pelo patriarcado. A luta sempre será constante, e os pensamentos padrões sempre terão de ser questionados e desconstruídos. No ensaio fotográfico, Fabiana coloca à prova através de sua dança, todo a força, resistência e luta interna que a segue todos os dias. Expressa, nua, exposta, aquilo que não a define por nascença, mas aquilo que busca em sua existência: o ser. Ser mulher!